Cultivo de plantas ornamentais vira negócio e gera empregos em Cianorte

 

            Fotos: IDR Paraná

             André Emmer, de Cianorte, transformou um hobby em negócio. Há 20 anos ele começou a se interessar pelo cultivo de cactos e suculentas, incentivado pela avó. Aos poucos formou uma coleção de plantas que despertou a atenção de mais gente e o levou a comercializar alguns exemplares.

Hoje, o comércio de plantas ornamentais é a principal atividade na propriedade que já foi ocupada pelo café. Emmer mantém mais de 5 mil espécies e híbridos diferentes de suculentas, além de cactos e outras plantas. A propriedade atrai colecionadores e também turistas que visitam o município.

O sucesso do negócio é fruto também do apoio do Governo do Estado. Em 2016 a família Emmer começou a participar da Ciaflora, uma feira de flores promovida pela Associação de Produtores de Flores e Turismo Rural de Cianorte, em parceria com a prefeitura, Sindicato Rural e o Instituo de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-Paraná).



Outra frente de divulgação do trabalho foi a comercialização das plantas no espaço dedicado aos produtores rurais durante as Caminhadas Internacionais na Natureza, promovidas pelo IDR-Paraná. Agora, a intenção é integrar o empreendimento, assim como outros do município, ao circuito de turismo rural do município, tão logo as condições sanitárias permitam o trânsito de um número maior de pessoas nas propriedades.

O garden Brilho do Sol tem uma área de 5 mil metros quadrados dedicados às plantas. André Emmer conta que na época em que começou a vender suculentas e cactos, poucas lojas da região tinham esse tipo de planta. "Eu tinha uma boa coleção e as pessoas começaram a me procurar", recorda. Mas foi em 2014 que ele e a família decidiram criar a loja de plantas, para facilitar a comercialização.

Emmer é biólogo, com pós-graduação em Biotecnologia, e responsável pelo trabalho de cruzamento das plantas que origina as suculentas híbridas, sua especialidade. Ele explica que é um trabalho demorado, feito artesanalmente.

"O pólen de uma planta é colocado em uma outra. Espera-se a fecundação e a formação da semente que depois será plantada", explica. Segundo Emmer, o processo de produção de um híbrido pode levar até cinco anos. Mas é todo esse empenho que vai gerar plantas com texturas, cores e formatos inusitados. Ele acredita que tenha cerca de mil plantas exclusivas ou raras no seu acervo.



TURISMO RURAL  É justamente essa variedade que desperta tanto interesse de colecionadores e amantes de plantas em geral. Emmer conta que seu maior público chega até ele pelas redes sociais (Facebook, WhatsApp). Gente de todo o País, e do Exterior, que deseja ter gibbifloras, echeverias, crassulas, lithops e tantas outras espécies produzidas no garden.

Em agosto Emmer lançará sua primeira coleção de híbridos. Apresentará 800 plantas da espécie Echeveria gibbiflora. Como o público vem aumentando e as plantas precisam de mais espaço – algumas têm até 80 centímetros de diâmetro – ele já pensa em ampliar a área dedicada às suculentas.

Atualmente o garden emprega 12 pessoas na produção das plantas e outras quatro no atendimento ao público. Os pais e irmãos de André trabalham na propriedade e a família está aperfeiçoando o espaço. Além da venda de plantas ornamentais, os proprietários do garden também apostaram no turismo. (via AEN)

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