Afirmação foi feita pelo presidente do Instituto Soja Livre, César Borges, durante webinar RoadShow Green Rio
O Brasil tem um incremento no uso de bioinsumos de 28% ao ano e investimentos de R$ 1 bilhão, enquanto o percentual mundial de crescimento é de 15%, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). “O Brasil será destaque mundial no uso de bioinsumos”, garante César Borges, presidente do Instituto Soja Livre, que participou nesta quinta-feira (21.10) do webinar Roadshow Green Rio: Inovação, tecnologia e bioinsumos.
Borges informou que em 2020 o Mapa registrou 95 defensivos de baixo risco, entre produtos biológicos, microbianos, semioquímicos, bioquímicos, extratos vegetais, reguladores de crescimento, um aumento de 121% em relação ao ano anterior. Frente à crise que se instala com aumento expressivo dos valores, a utilização de bioinsumos seria interessante para os produtores rurais de soja convencional.
De acordo com o Instituto Soja Livre, os dados da empresa Cogo apontam que na safra 2020/21 o custo de fertilizantes era de 7 sacas de soja por hectare e a projeção para a safra 2022/23 é de 20,4 sacas por hectare. “A realidade atual do agronegócio é de desabastecimento e aumento de preços. Verificamos também ineficiência na utilização de fosfato, por exemplo, em solo tropical. Além da necessidade da importação de fertilizantes e da logística pesada”, relatou Borges.
A utilização de bioinsumos poderá trazer uma grande economia para o produtor de soja brasileiro, pois é a principal commodity nacional com projeção de produção total em 39,91 milhões de hectares na safra 2021/22. Para a soja convencional, a projeção é produção de 792,85 mil hectares e 2,5 milhões de toneladas.
Mato Grosso é o estado maior produtor de soja convencional, com 45% do total da produção nacional, seguido por Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul. A área na safra 2021/22 será de 356,7 mil hectares.
O presidente do ISL informou estudos da startup Ekoating verificaram maior produtividade em até 5% com redução de até 50% na utilização de adubação fosfatada. Além disso, substituição no uso de fósforo solúvel, com utilização de nano e micro tecnologia de partículas para uso conjunta com biotecnologia junto as sementes por nano particulado, por exemplo.
“Temos um bom horizonte de produção utilizando bioinsumos, trabalhando a economia circular, deixando de importar tanto fertilizante e reduzindo os impactos ambientais. O Brasil exportará produtos com mais valor agregado, como proteína concentrada de soja que usa 62% de proteína e é utilizada como alimento para o salmão, especialmente na Noruega”, explicou Borges. Para ele, essas inovações tecnológicas acompanham as demandas dos clientes internacionais e levarão o Brasil a novos mercados.
via assessoria
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