Se o solo está
sadio, o produtor vê o resultado do seu investimento em um curto espaço de
tempo. E isso está sendo demonstrado na ponta do lápis.
Em 2018, o produtor José Carlos
Romanini, de Londrina (norte do Paraná), conheceu e se entusiasmou com o
programa “Construção do Perfil do Solo”, apresentado a ele pelos engenheiros
agrônomos Marcel Romanini e Alexandre Yamamoto, ambos da Belagrícola – com sede
em Londrina e atuação em todo o Estado do Paraná e que está entre as 10 maiores
empresas do Agronegócio do país.
“Eu decidi seguir as
orientações e hoje posso dizer que evoluímos muito na construção química,
física e biológica do perfil do solo”, aponta o produtor, que já vinha em busca
de caminhos para que pudesse melhorar o solo e a produtividade em sua
propriedade.
No talhão em que ele deu início
ao trabalho sugerido pelos consultores, a média de produção de soja era de 130
sacas por alqueire. Após correções na fertilidade química, biológica e física
do solo, a produtividade já chegou a cerca de 12% acima da média dos últimos
anos, informa o produtor.
“Nosso foco foi neutralizar os
elementos tóxicos como acidez e alumínio que prejudicam o desenvolvimento
radicular e a disponibilidade dos nutrientes para a planta e agora estamos
empenhados na manutenção dos níveis necessários para uma boa produção. Também
observamos uma melhoria da atividade biológica e da estrutura física do perfil.
Hoje fazemos todo direcionamento de estratégia pra nutrição de planta baseado
em dados do perfil do solo, pelo menos até 40 centímetros”, relata Romanini.
Ele ressalta que também já
percebe uma boa cobertura do solo com palha. “Sem dúvida, o investimento em
solo vale a pena, principalmente, quando o clima não ajuda”. Ele pretende
estender o trabalho para toda a propriedade nos próximos anos.
Um trabalho gestado há 10 anos
O conceito da Construção do
Perfil de Solo começou a ser trabalho dentro da Belagrícola há mais de 10 anos,
mas foi nos últimos 5 anos que as equipes começaram a acompanhar vários
produtores com expressiva melhora da sua estrutura e no perfil de solo nos aspectos
físicos, químicos e biológicos.
Diante desse cenário, a empresa
lançou oficialmente, em 2020, a proposta da Construção do Perfil de Solo a
todos os produtores rurais atendidos por ela.
“Sabendo que não se trata de
uma promessa de produtividade, mas sim de uma aplicação de estratégias baseadas
em dados, encurtamos o caminho para as melhores rentabilidades e sempre
pautados no propósito de garantir que o maior patrimônio do produtor rural seja
sustentável. Através dos levantamentos de dados, correções de acidez e cálcio,
equilíbrio dos nutrientes, eficiência na aplicação e bioativação do solo,
podemos apresentar as melhores tecnologias para o sucesso da lavoura a curto,
médio e longo prazo”, explica o engenheiro agrônomo da Belagrícola Fernando
Melatti.
Segundo ele, após o lançamento
oficial do programa, houve uma grande aderência dos clientes para entender o
conceito e como poderia ser aplicado em suas áreas. Desde então, estão sendo
acompanhados mais de 18.000 hectares com 150 clientes desenvolvendo este
trabalho, com supervisão da equipe da empresa.
“Mesmo sendo o início, já temos
alguns resultados bem positivos com relação a melhoria dos indicadores”, aponta
Melatti. No primeiro levantamento realizado, a média de pH do solo das áreas
era de 4,8, o que prejudica a disponibilidade da maioria dos nutrientes para as
plantas, ficando na faixa de 39% para os nutrientes que as plantas precisam em
maior quantidade. De acordo com o engenheiro agrônomo, após 6 a 8 meses, o
índice de pH obteve uma melhora de mais de 13% na média, potencializando a
disponibilidade dos nutrientes para plantas e com isso podendo chegar a 56% de
disponibilidade para alguns elementos.
De acordo com os resultados
obtidos, o nutriente com grande evolução do seu índice no solo foi o cálcio,
elemento indispensável na estrutura das plantas e requerido em grandes
quantidades pelas principais culturas, principalmente a soja. “O incremente de
cálcio no solo neste período foi superior a 26% na média das áreas. Trata-se de
um elemento essencial para o desenvolvimento das raízes, permite que a planta
busque água nas camadas mais profundas, possibilitando a melhoria da
performance em momentos de estresses hídricos. Não podemos deixar de citar a
redução dos teores de alumínio na ordem de 51%, sendo bastante expressivo, pois
este elemento é tóxico para a maioria das culturas e prejudicial ao
desenvolvimento radicular”, explica Melatti.
O engenheiro agrônomo reconhece
que o trabalho exige tempo para que se expresse todo o potencial do programa.
“Mas as performances das lavouras e os primeiros resultados nos dão força para
levar este conceito a mais agricultores que seguem na busca de maior
rentabilidade no campo”, ressalta ele.
via assessoria
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