Ampliação de mercado e capacidade produtiva aceleram o crescimento da empresa, que registrou alta de 50,3% na receita do 3T22 em relação ao mesmo período de 2021. Pedidos em carteira no 3T22 batem recorde para um 3T, com R$ 464 mi, valor 125% maior do que o 3T21
A Boa Safra, líder no Brasil na produção de sementes de soja, anunciou nesta sexta-feira, dia 11, o resultado do terceiro trimestre de 2022 da companhia, encerrado em 30 de setembro. Entre os destaques, o crescimento de 70% da Receita Líquida LTM (Last Twelve Months - últimos 12 meses), frente ao mesmo período anterior; recorde de faturamento no 3T22; recorde de pedidos em um 3T; aumento da liquidez com a venda de R$ 50 milhões de cotas do Fiagro; aprovação de CAPEX para ampliação da Bestway Seeds; conclusão das obras da Unidade de Beneficiamento de Jaborandi-BA e dos Centros de Distribuição de Balsas-MA e Sorriso-MT; avanço nas obras das Unidades de Beneficiamento de Cabeceiras-GO e Primavera do Leste-MT.
Como empresa do agronegócio, o desempenho da Boa Safra em cada trimestre está diretamente ligado ao estágio da lavoura. Por isso, a companhia reforça a análise LTM. Com faturamento de R$ 881,5 mi observado no 3T22, a receita líquida no LTM somou R$ 1,4 bi, o que representa um crescimento de 70% em relação ao de 12 meses do mesmo período de 2021. O Lucro líquido no 3T22 apresentou uma pequena variação em relação ao mesmo período do ano anterior, oscilando de R$ 88 mi no 3T22 para R$ 86 mi no 3T22. “Isso se deve ao que chamamos de sazonalidade da sazonalidade, já que, em função das chuvas, parte dos pedidos em carteira que eram para ter sido faturados no 3T22 foram parcialmente migrados para 4T22, que representam R$ 257 mi a mais do que o 3T21. Além disso, tivemos questões operacionais, que implicaram no aumento pontual de custos neste trimestre”, explica Marino Colpo, co-fundador e CEO da sementeira.
Com o primeiro semestre dedicado à produção e estocagem, é no segundo semestre, quando os agricultores começam o plantio, que a Companhia inicia o embarque das sementes e gera quase a totalidade de seu faturamento. “Foi exatamente o que vimos acontecer no 3T22 e o que esperamos também para o 4T22. Somamos um total de R$ 464 milhões em pedidos firmes não faturados, um recorde para um 3T, e que serão entregues e faturados no 4T22”, avalia Colpo.
Ampliação da Bestway
Concretizada em setembro, a aquisição da Bestway Seeds, empresa prestadora de serviços especializada em Tolling de sementes de milho, projeta a Boa Safra para novos horizontes, com ampliação de seu portfólio de sementes e uma nova frente de crescimento, associada a uma cultura de alto volume, crescimento e nível tecnológico.
A Bestway Seeds está em uma localização estratégica, na região de Uberlândia/MG, que contempla 80% do mercado de produção de sementes de milho do país. A empresa conta com duas unidades operacionais (BWS1 e BWS2). Com a conclusão prevista para o 2º semestre de 2023, já foram iniciadas as obras da fase 2 na unidade BWS2, que permitirá a entrega de 100% da capacidade estática de 1,3 milhão de sacas de milho ensacadas e tratadas.
“Além disso, estamos estudando novos projetos de ampliação para que a Bestway atue em outras regiões do Brasil, atendendo seus clientes em abrangência nacional, o que reforçará nossa estratégia de ser um player relevante em todos os segmentos em que atuamos”, informa Colpo.
Expansão
Com a inauguração dos Centros de Distribuição em Sorriso (MT) e Balsas (MA), a Boa Safra totaliza cinco obras finalizadas pela empresa desde o IPO junto com a expansão das plantas de Jaborandi (BA), Buritis (MG) e Cabeceiras (GO). Outras duas obras estão em andamento: a Unidade de Beneficiamento de Sementes (UBS) de Primavera do Leste (MT), que deve entrar em operação na colheita 22/23, e uma nova expansão da planta de Cabeceiras, para adicionar a quarta linha de produção. Essa ampliação das operações vai garantir que a companhia alcance uma capacidade de produção superior à 200 mil big bags até o próximo ano – mais do que dobrando a capacidade em relação à 2020 -, e esteja preparada o atendimento da demanda das sementes da Boa Safra com participação cada vez maior de unidades próprias.
FIAGRO
Em agosto, houve o IPO do SNAG11, que é um Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro), liderado pela Suno Asset. Trata-se de um fundo híbrido, com ativos de crédito e imobiliário, que é negociado na B3. O SNAG11 investe em Certificados de Recebíveis Agrícolas (CRA) com recebíveis da Boa Safra e em dois terrenos rurais, onde estão o Centro de Distribuição de Sorriso e a Unidade de Beneficiamento de Primavera do Leste, ambos em Mato Grosso.
O SNAG11 é parte de um novo ciclo de investimentos no agronegócio, pautado no crescimento do agro no mercado financeiro, através da participação de pessoas físicas. Por meio das cotas de Fiagros, o público financia diretamente uma empresa agrícola. Como resultado, já em outubro, o SNAG11 teve recorde de maior liquidez histórica de um FIAGRO na B3, movimentando mais de R$ 14 milhões em um único pregão e a Boa Safra já vendeu R$ 50 MM das suas cotas no 3T22, reforçando sua posição de liquidez e otimização das estruturas de financiamento de Longo Prazo da Companhia.
via assessoria
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