Irrigação tecnológica é a segurança para a agricultura familiar

Felipe Langer Rockenbach, filho e neto de produtor rural

Com o uso racional dos recursos naturais, produtores como Felipe Langer Rockenbach, do Rio Grande do Sul, conseguem otimizar o desempenho das lavouras e verticalizar a produção

         Em 2014, a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) instituiu o dia 25 de julho como data de celebração anual do Dia Internacional da Agricultura Familiar. Ainda com o objetivo de reconhecer e ampliar a visibilidade deste segmento tão importante, a entidade decretou entre 2019 a 2028 o período dedicado para fomentar a prática.  

Agricultura familiar segue como uma categoria produtora muito importante, a qual, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), emprega mais de 10 milhões de pessoas no campo. Estima-se que em extensão de área essa classe constitua 80,9 milhões de hectares, o que é equivalente a 23% da área total das propriedades agropecuárias no Brasil. Além disso, estes pequenos e médios agricultores são a base econômica de 90% dos municípios brasileiros com até 20 mil habitantes, com uma produção diversificada de grãos, proteínas animal e vegetal, frutas, verduras e legumes.

Integra esse importante grupo, Felipe Langer Rockenbach, filho e neto de produtor rural que desde os 15 anos ajuda na lida na fazenda da família. Atualmente com 29 anos, ele está à frente da propriedade de 270 hectares de área própria, mais 300 hectares arrendados, localizados em Hulha Negra, que fica na região da Campanha do Rio Grande do Sul. Atualmente no verão cultivam soja e milho e no inverno fazem um mix de cobertura com aveia e trigo.

Para tornar o manejo mais eficiente e a produtividade cada vez mais rentável, a família sempre está em busca de tecnologias, mas isso não é tarefa fácil, principalmente quando uma propriedade está em processo de sucessão. “Às vezes eu e o pai até discordamos em alguns pontos, e sempre conversamos para chegar em um acordo, mas em uma escolha tínhamos certeza que seria importante: o investimento em irrigação”, disse o jovem produtor.

Isso porque a região onde estão instalados sofria e sofre frequentemente com a seca. “A área do meu pai era 100% arroz, a soja era um complemento, semeada para diversificar o manejo. Com o clima seco e os baixos preços no arroz ficou muito cara a produção e resolvemos em comum acordo que era melhor migrar para a soja. Mas, para isso dar certo, teríamos que investir em pivô para irrigação”, lembra Rockenbach.

O primeiro pivô adquirido foi um Zimmatic, da empresa Lindsay, que foi instalado em 2017. Segundo o produtor, o equipamento trouxe segurança para a propriedade e a garantia de produção. “Nós brincamos com os amigos que quando compram um pivô existe o tempo de adaptação e que depois que tudo está certinho o problema é não ter mais área para colocar outro equipamento”, diz.

Além da garantia de produção com a irrigação, a família Rockenbach também viu ela aumentar nas últimas safras. Segundo Felipe, enquanto a região de Bagé colhe a média de 30 sacas de soja por hectare em anos bons, a média dele desde que instalou o pivô está em de 64 sc/ha, ou seja, um incremento de 34 sc a mais por ha. “O retorno financeiro é muito bom, o pivô rapidamente se paga. Hoje cerca de 86% da nossa área é irrigada e isso nos dá total segurança”, diz.


Tecnologias acessíveis

A irrigação ainda sofre com o mito de ser uma ferramenta cara, de acesso apenas a grandes grupos de produtores, mas a realidade de famílias como a Rockenbach comprova o contrário. Pois, este é sim um investimento acessível também à agricultura familiar, tornando mais eficiente e rentável a mesma área.

Segundo o técnico em agropecuária Marco Sanchotene, diretor da Sanchotene Agronegócios, distribuidor Lindsay que atua na metade sul do Rio Grande do Sul, para o pequeno produtor às vezes a única alternativa que tem é investir em irrigação para poder verticalizar o seu negócio. “Essa tecnologia garante aos agricultores familiares segurança tanto de fluxo de caixa quanto na colheita da produção. Com um pequeno pivô é possível garantir que a lavoura não entre em estresse hídrico e que muito menos tenha quebra de produtividade”, destaca.

Os agricultores familiares podem ainda contar com outras tecnologias que facilitam o manejo da irrigação, tornando o processo mais preciso e eficiente, como o FieldNET, uma solução com o selo de qualidade Lindsay, desenvolvido para a programação e controle de toda a operação à distância. Por meio de um smartphone, tablete ou computador, a classe produtora tem ao alcance das mãos informações e orientações valiosas sobre a irrigação que vão ajudar a otimizar o rendimento e maximizar a lucratividade da fazenda.

Também totalmente integrado a esta plataforma, a empresa oferece o FieldNET Advisor, este para gerenciamento remoto. A solução fornece informações objetivas de irrigação ao produtor e ainda mostra se os pivôs estão operando como o programado, auxiliando-os nas tomadas de decisões. “Com o FieldNET Advisor a ideia é aplicar realmente o necessário, permitindo que as plantas se desenvolvam sem entrar em estresse hídrico. Tudo isso, com foco em reduzir os custos com energia e o uso da água, além de deslocamentos ao campo para gerenciar os pivôs”, diz Sanchotene.

Ainda segundo o técnico em agropecuária, tecnologias como o FieldNET Advisor são importantes para essa classe, afinal, muitos agricultores familiares não têm acesso à contratação de consultores, e com a ferramenta da Lindsay eles têm a recomendação na palma da mão. “E no caso do FieldNET, o produtor pode realizar outras atividades em sua área, sabendo que o equipamento está funcionando corretamente, conferindo de qualquer lugar o status do pivô”, finaliza o especialista.


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