Estação de Uberlândia terá tecnologias voltadas para o Cerrado Alto

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A nova estação experimental de Uberlândia vai operar em conexão com os projetos da unidade de Santa Helena de Goiás/GO e Toledo/PR, sob coordenação da WIN, divisão de inovação da Sempre AgTech, que está instalada no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), em São Paulo. 

      O diretor P&D e Inovação da WIN, Hugo Molinari, ressalta a importância da nova estação. “Vamos ampliar as pesquisas em biotecnologia, com condições de testar e editar materiais que sejam OGM (Organismo Geneticamente Modificado), com características desejadas, como resistência a insetos e herbicidas importantes para a cultura e, também, ativos vindos de microrganismos modificados, entre outras possibilidades”. Molinari lembra, ainda, que a unidade de Uberlândia também oferece todas as condições para o melhoramento de tecnologias voltadas para o Cerrado Alto.

A estrutura completa e moderna, adquirida no início de setembro, conta com cerca de 410 mil m² de área construída e campos experimentais, que já foram utilizados pela Bayer e  Basf. Entre os destaques estão as mais de 60 casas de vegetação para a realização de ensaios, algumas delas totalmente automatizadas para atender bioensaios com ativos biotecnológicos. As atividades devem iniciar nas próximas semanas, contando com mais de 60 colaboradores em plena atividade. “É um local estratégico para a realização de todos os bioensaios com ativos biotecnológicos”, aposta Molinari. Segundo o diretor, o próximo passo do negócio será ampliar os ensaios de validação para áreas de campo, as chamadas LPMAs (liberações planejadas no meio ambiente). “Teremos uma rede de ensaios maior, com oito a 10 locais distintos para validar cada tecnologia, tanto para soja, milho e algodão, em ambientes de produção representativos dessas culturas”, relata.

Tecnologias baseadas no RNA interferente (RNAi), um mecanismo natural responsável pelo silenciamento gênico, também serão avaliadas na estação. Essa tecnologia permite atuarmos somente nos alvos desejados, inativando genes específicos em plantas daninhas, doenças e insetos-praga, trazendo benefícios à sustentabilidade e à biodiversidade. “São muitos anos de pesquisa em busca de uma forma nova de controle. Os defensivos biodirigidos têm como base moléculas de DNA dos insetos-praga, doenças e plantas daninhas que acometem e roubam a produtividade da lavoura. Vamos contribuir para o controle e proteção de cultivos de forma muito mais específica e sustentável”, assegura Molinari.

A Sempre AgTech prioriza esforços no desenvolvimento e produção de biotecnologias em solo brasileiro, sem depender de matérias-primas vindas de outros países, e na redução do domínio exclusivo das multinacionais. A produção de tecnologia nacional também tem, como propósito, fazer com que esses ativos estratégicos se tornem propriedade dos brasileiros e, ainda, a retenção do conhecimento no país, assegurando o suprimento de genética e proteção agrícola mais sustentável para o campo.


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via assessoria




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