Com a entrada de uma nova safra
no país, o produtor rural corre para buscar financiamento para arcar com as
despesas em insumos, sementes e implementos agrícolas. Nesta etapa, as negociações
via Cédula de Produto Rural (CPR) aparecem como protagonistas nas operações de barter,
encurtando o caminho entre o produtor e os recursos necessários para financiar
a produção. Segundo Carlos Widonsck, gerente de Relações com o Mercado na Bolsa
Brasileira de Mercadorias (BBM), o título é importante tanto para o financiador
quanto para o produtor, sendo um instrumento amplamente difundido e de fácil
aceitação no mercado. “Hoje, há mais de R$ 300 bilhões em CPRs registradas no
Banco Central do Brasil (Bacen), o que dá uma noção da representatividade do
título para o agronegócio”, enfatizou.
Instituída
em 1994 pela Lei nº 8.929, a CPR é um título que representa a promessa de
entrega futura de determinado produto agropecuário e, atualmente, sendo hoje um
dos principais meios utilizados para o financiamento do setor. “Ao utilizar
esse título, o produtor tem a possibilidade de fazer o financiamento dentro de
um prazo interessante para ele e também para o investidor”, afirmou o
dirigente. Acompanhando os avanços no mercado, a BBM desenvolveu, em 2019, uma
plataforma de emissão e registro eletrônico de CPR, na qual, tudo é feito
digitalmente, oferecendo assim maior agilidade e segurança para ambas as partes.
O processo de emissão e registro
da CPR digital por meio da ferramenta BBM é realizado em poucos minutos. O
produtor conclui a emissão e, em seguida, já é feito o registro do título junto
à entidade credenciada pelo Banco Central, exigência para todos os títulos,
independentemente do valor, conforme a chamada Lei do Agro. “A BBM tem a todas
as frentes necessárias nesse trâmite, sejam financeiras ou cartórios de
imóveis, permitindo também a baixa dos documentos”, explicou Widonsck. Cabe
salientar que o registro do documento em entidade registradora autorizada pelo
Bacen tem que ser feito no prazo máximo de 30 dias úteis a partir da sua
emissão.
A plataforma da BBM também conta
com um time que oferece todo o suporte na hora do registro e da baixa da CPR,
reduzindo a possibilidade de problemas futuros como, por exemplo, a inserção de
informações equivocadas. “A nossa equipe, antes do envio da CPR à entidade
credenciada pelo Banco Central, faz uma análise minuciosa dos dados que foram
imputados na plataforma e confronta com as informações da minuta da CPR, evitando
retrabalho e desperdício de tempo”, afirmou o gerente de Relações com o Mercado
da BBM.
Alerta para inadimplentes
Widonsck explica que este ano tem sido diferente se comparado com anos anteriores para os títulos do agro. Situações como as chuvas no Rio Grande do Sul, questões tributárias e a falta de uma visão mais clara sobre o caminho das taxas de juros, entre outros, estariam prejudicado as negociações de CPRs da nova safra de verão 2024/25. Segundo o gerente, há ainda um outro ponto que merece destaque no que diz respeito à diminuição de risco e garantia do capital investido na lavoura. “Seria interessante, mais do que nunca, o produtor buscar um seguro para a lavoura”, alertou. Apesar das perdas de alguns produtores gaúchos de arroz, a situação poderia ter sido pior, porém, o seguro cobriu uma grande parte dos sinistros. “Existe a possibilidade de se realizar a emissão de uma CPR conjugada com um seguro, o que seria uma operação interessante para os produtores e os financiadores”, orientou Widosnck. A BBM oferece cotação e contratação digital de seguro agrícola através de sua plataforma BolsaAgro Seguros.
Saiba mais em: bolsaagroseguros.com.br
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